sexta-feira, 14 de março de 2014
Superfície de Controle
A aeronave deve ser controlada nos três eixos, o longitudinal, o lateral e o vertical. Os controles primários foram desenvolvidos com esta finalidade:
Ailerons
A aeronave pode ser controlada em seu eixo longitudinal através dos ailerons. Esses dispositivos são articulados no bordo de fuga da asa próximos à ponta desta.
Os ailerons, um em cada semi-asa, se movimentam simultaneamente em direções opostas. Quando o aileron do semi-asa esquerda sobe, o aileron da semi-asa direita desce. Se o piloto pretender fazer uma curva para a esquerda o controle da cabina (manche) é movido para a esquerda; o aileron da esquerda sobe e o da direita desce. Imediatamente, a sustentação da semi-asa, próximo à extremidade e em frente ao aileron, é reduzida. O fluxo de ar sobre a semi-asa, que era suave, torna-se drasticamente turbulento. Na outra semi-asa, o aileron, que desceu, produz um efeito de aumento de sustentação em virtude do aumento da curvatura na ponta. O efeito da queda de sustentação de uma semi-asa e aumenta na outra é a causa da aeronave rolar para a esquerda.
É preciso lembrar que o aumento da sustentação provoca, também, um aumento do arrasto. Um tipo especial de aileron (FRISE) proporciona um controle mais fácil da aeronave.
Leme de direção
O leme de direção é a superfície de comando primária que controla a aeronave em torno do eixo vertical, e é articulado na parte de trás do estabilizador vertical. Ele se movimenta para a esquerda e para a direita, e é controlado pelo piloto através dos pedais.
Numa curva para a esquerda, por exemplo, se a aeronave tende para a direita, uma suave pressão sobre o pedal esquerdo causará ao bordo de fuga do leme defletir para a esquerda, corrigindo essa tendência.
Profundor
A terceira superfície de comando primária é chamada de profundor, localizado na empenagem e articulado ao bordo traseiro do estabilizador horizontal.
O acionamento do profundor para baixo provoca a elevação da cauda e abaixamento do nariz da aeronave, e o acionamento do profundor para cima causa a elevação do nariz.
Ao contrário do que se pode pensar, a aeronave não sobe devido ao acionamento do profundor para cima; isto pode acontecer momentaneamente, mas a subida contínua é devido ao aumento da potência. O profundor meramente muda a atitude do avião com uma resultante mudança de ângulo de ataque.
Localizados na extremidade do braço constituído pela fuselagem, um pequeno esforço nos profundores pode mudar a posição do nariz. Eles controlam a aeronave em torno do seu eixo lateral. O movimento dela, provocado pelo acionamento dos profundores, é chamado de arfagem. Quando comandados para baixo, o movimento resultante é chamado picagem (nariz para baixo) e quando comandado para cima (nariz para cima) é chamado cabragem
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