quarta-feira, 26 de março de 2014

simuladores de voo

Simuladores de voo para aeromodelos Nunca antes um simulador esteve tão em evidência quanto agora. A idéia de se pilotar ou pelo menos simular o vôo daquele avião tão lindo e maravilhoso do nosso sonho e do de todo piloto de aeromodelo, finalmente tornou-se realidade através dessa, que parece ser a nova febre do momento em todo o mundo. Qualquer pessoa mesmo que leiga em aeromodelismo, se impressiona ao passar os olhos na tela e ver que as imagens são reais e que só falta o modelo sair voando do computador! E para quem sente a pilotagem nos dedos, a sensação impressiona ainda mais. Hoje falarei sobre o “Aerofly Professional Deluxe”, considerado atualmente o top de linha dos simuladores para aeromodelismo e criado e produzido no país da cerveja (Alemanha oras!). A primeira vez agente nunca esquece… Eu já havia experimentado diversos simuladores gratuitos como o FMS e inclusive um bem antigo que se chamava AIRM, este sem gráfico algum, todo de fundo preto com os obstáculos do cenário e até os aviões feitos de linhas em branco. Já havia experimentado até então, há uns 5 ou 6 anos atrás o importado de uma marca muito conhecida internacionalmente. Mas a grande maioria me causava a mesma impressão: de que simulador de aeromodelos resumia-se unicamente numa pista cinza, cercada de verde que os criadores juravam ser grama, algumas árvores que pareciam mais pirâmides do Egito, só que verdes e o céu azul, tudo com reações de vôo completamente irreais. Onde quase sempre o pobre do piloto se sentia voando num verdadeiro desenho animado, estilo “Pica-pau” e “Zeca Urubu”! Desde o seu surgimento, o Aerofly sempre me despertou enorme cobiça em experimentá-lo, mas o sonho custava, muitas vezes, mais que o nosso próprio equipamento de RC. Na época, eu consegui o programa com um colega de pista que tinha o cd e utilizava uma interface serial, pois havia perdido a original. Quanto ao cabo, pedi que um amigo eletrônico fizesse um para mim. Por se utilizar uma interface serial (na época quase não existia a USB), algumas mudanças durante a instalação e configuração da máquina foram necessárias, inclusive um programinha que faz com que a entrada serial da CPU, trabalhe corretamente e “entenda” e reconheça o que o rádio está passando para o computador. No inicio apanhei na instalação por não ter seguido corretamente as instruções que me passaram, por isso tive que refazer todas as etapas. Mas depois vi que não era tão difícil assim, bastando seguir fielmente as instruções sem ignorar nada. Na primeira vez que iniciei a tela de pilotagem, o modelo estava todo descalibrado e com o leme todo defletido para um só lado. Depois de calibrar corretamente, pude experimentar de fato o tão almejado simulador. Com os primeiros toques nos comandos do rádio já pude ver que não se tratava de qualquer simulador e me impressionei com a fidelidade e grafismo do Aerofly. A grande maioria dos cenários foram feitos com fotos reais montadas lado a lado e numa espécie de esfera ou redoma infinita em torno do piloto. Todos esses cenários fotográficos, foram feitos utilizando a paisagem real da pista ou do clube existente, não há nada desenhado nesses cenários e sim tudo fotografado e montado, reproduzindo fielmente os clubes que existem de verdade em diversos países. Todas as superfícies de comando são totalmente operacionais e suas deflexões proporcionais aos comandos dados no rádio. Logo observei também que as funções do rádio também funcionavam, tais como os dual-rates, exponenciais, trimagem e todo o resto das mixagens. Era como pilotar um aeromodelo de verdade, só que olhando para o computador! É impressionante como tudo nesse simulador foi pensado de forma a se parecer o mais próximo possível da realidade. Até no taxiamento do modelo percebe-se a irregularidade do terreno, isto é, em pistas de grama, o avião balança mais, característica peculiar desse tipo de pista. Ou mesmo nas de asfalto onde o modelo desliza sem solavancos, mas quando ele sai da pista pelas laterais de grama, é nítido o desnível e a diferença de solo, que o avião sofre. Uma coisa que me deixou muito surpreso foi com relação à flexibilidade do trem de pouso em alguns aviões. Dependendo do avião (não são todos que assim o fazem) e no momento do pouso, o trem de pouso se flexiona devido ao peso do avião. Nos aviões acrobáticos de grande potência é possível sentir o contra-torque do motor, quando damos toda a potência para sair de um torque-roll ou mesmo na corrida para decolar. Também ocorrem outros fenômenos como pilonar o avião no pouso ou então fechar as asas de um planador, treinador ou de um avião escala, em pleno vôo quando abusamos demais de sua velocidade limite e o pomos em descida vertical e cabrando logo em seguida.Também é nítida em alguns aviões, principalmente nos planadores, a flexão que a asa sofre quando puxamos um looping, por exemplo. As asas descrevem uma flexão considerável nos mostrando que a manobra exigiu muito da estrutura. Isso é muito útil ao iniciante para aprender e conhecer os limites de cada avião e saber respeitá-los na hora da verdade. A qualidade do som também é ótima. Nos planadores e em outros aviões é possível até ouvir o vento soar com a passagem do modelo em alta velocidade. O som também é fiel quanto ao tipo de motor, como por exemplo, o som de um motor a gasolina de 150cc na marcha lenta ou mesmo de um jato ou um avião militar escala com motor de 4 tempos. Além da fumaça, também há muitos outros recursos opcionais, como intensidade e direção do vento, turbulência, térmicas e inclusive um recurso que parece ser uma espécie de gerador de interferências que quando acionado, as superfícies de comando movem-se bruscamente por alguns milésimos de segundo causando a impressão de que o modelo está com interferência. Achei interessante, mas pouco útil. Existem opções para se voar com uma linha que marca todo o trajeto feito pelo aeromodelo, ou balões que devem ser estourados pelo mesmo e outras ”tarefas” para se melhorar a técnica de pilotagem e tornar o aeromodelista mais hábil ao vôo de precisão (pelo menos no simulador!). Também é possível mudar a posição da câmera e várias outras mudanças de textura como a cor e intensidade da fumaça como, por exemplo, para amarelo, vermelho ou qualquer outra cor desejada e também dá para escolher se o modelo terá brilho ou será fosco no acabamento. Há janelas opcionais que trazem informações referentes ao vôo, como a direção, velocidade, altura e até as rotações do(s) motor(es) do modelo, mas pessoalmente não recomendo, já que na vida real não temos essas informações quando pilotamos os nossos aeromodelos. Quanto aos helicópteros, são muito gostosos de voar, há vários que já vêm com o Aerofly e muitos outros que se pode puxar da internet. Embora eu não pratique, os helicópteros sempre me despertaram grande interesse por serem máquinas fabulosas e altamente complexas. Para quem nunca voou helicópteros de verdade, voar no simulador é extremamente empolgante e ajuda consideravelmente a ganhar certa noção sobre o vôo e as técnicas de pilotagem. Mas o forte do Aerofly mesmo são os aviões. Os helicópteros parecem ter uma participação meio tímida em meio a qualidade geral do programa. Mais tarde, pude experimentar a interface USB. A instalação é, sem dúvida, mais fácil. Quanto à performance e velocidade, francamente não percebi diferença alguma. Cheguei a ligar a USB e logo em seguida a Serial para testar, e realmente não percebi qualquer diferença na pilotagem ou sequer na velocidade de reprodução dos gráficos. O que muitas vezes pode atrapalhar a velocidade de reprodução do Aerofly, sobretudo se a máquina não for das mais modernas, é a fumaça. Há uma opção para regulagem da quantidade da fumaça que se colocada no limite, causa interrupções intermitentes, principalmente quando o avião está voando perto, mas isso independe do tipo de interface, por isso não se deve exagerar na fumaça. Nada de super máquinas! O Aerofly não exige nenhum equipamento extraordinário para rodar. Hoje em dia a informática já evoluiu tanto, que podemos dizer que um computador de “média gama” já é o suficiente para rodar com recursos de sobra o simulador. Mas também convenhamos que, o Aerofly não vai nem rodar em máquinas jurássicas! Portanto se você tiver uma máquina do tempo em que o disquete de 3” 1/2 era o que tinha de mais moderno, pode esquecer! Os requisitos mínimos do sistema são: - Pentium ou Athlon com pelo menos 1giga de processador - 128MB de memória Ram - 1 giga de espaço livre no HD - Placa de vídeo com no mínimo 64MB - Windows 98SE/ME/2000/XP - Placa Mãe com entrada serial ou USB Num simulador como o Aerofly, o que mais importa para uma boa performance sem dúvida alguma, são a placa de vídeo e a memória. Quanto a entrada, vai depender do cabo que se irá utilizar. De qualquer forma é necessário uma entrada Serial ou USB. Quanto ao rádio, nada de requisitos especiais, entretanto, ele precisa ter a entrada trainer e obviamente o cabo deve possuir o conector compatível com essa entrada. Em rádios que possuem módulo de emissão, é recomendável retirá-lo durante o uso, visto que com a antena abaixada, o módulo esquenta tanto que pode chegar a queimar. Se só usar cristal de freqüência, também recomendo retirar para o uso no simulador, assim ele não ficará emitindo sinais de rádio-frequência à toa e a bateria irá durar um maior tempo. E para concluir…. Bem, até hoje afirmo que o Aerofly superou todas as minhas expectativas e em minha opinião, não há nenhum outro similar a altura, ou melhor e mais moderno no mercado atual. É claro que também não podemos substituir a prática do vôo real do nosso aeromodelo pelo vôo simulado e acreditar que é a mesma coisa, pois não é e nunca será. São prazeres e emoções completamente diferentes. Até porque, no simulador não seria possível simular as diferentes condições do clima, como pressão atmosférica, umidade do ar, temperatura, altitude da região e muitos outros fatores que influenciam diretamente no vôo de qualquer aeromodelo ou aeronave real. E mesmo em situações inesperadas que só ocorrem na vida real, tais como uma rajada de vento cruzado na cabeceira da pista ou mesmo um Flutter de uma superfície de comando ou a parada do motor no momento mais crítico possível do vôo. No entanto, os simuladores ainda são a melhor opção para ajudar a quem está começando no hobby, ou mesmo para quem já pilota e quer esquentar os dedos para o fim de semana, naqueles dias chuvosos que não podemos pilotar, ou ainda para dar uma distraída na hora do almoço no escritório ou quando chegamos do trabalho ao final de um dia longo e cansativo! E você ainda não experimentou, o que está esperando!? Garanto que não se arrependerá! Um grande abraço e bons vôos !

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