terça-feira, 8 de abril de 2014

acrobacias na palma da mao

Esse artigo é destinado àqueles que gostam de realizar manobras acrobáticas com mais precisão e que curtem sentir os calafrios de um bom vôo acrobático. Mas lembre-se: a teoria nunca substitui a prática, por isso, pratique até chegar à perfeição e se você ainda não tiver experiência, peça ajuda a alguém mais experiente, e com certeza evitará futuras dores de cabeça! Nunca tente fazer certas manobras acrobáticas com aviões em escala, militares ou treinadores. Cada modelo tem as suas características e limitações bem particulares. Contudo sempre há exceções. Mas usando o bom senso e conversando com os colegas de pista, já é um bom caminho para se tornar um bom piloto acrobata! Sem falar dos ótimos simuladores existentes na atualidade que estão aí para isso mesmo, embora não substituam o treino real com o aeromodelo, são capazes de nos dar bastante noção na hora da verdade! Ok? Então aqui vão algumas manobras: Looping Essa é a mais tradicional das manobras. Faça um vôo alinhado em baixa altitude (uns 40 a 50 m) e com toda a potência do motor. Comece a cabrar lentamente até o aeromodelo transcrever um meio círculo e o mesmo ficar de dorso. Depois disso, reduza um pouco a potência (meio motor ou menos), mas continue cabrando até o aeromodelo terminar de traçar o círculo. A saída do looping deve ser na mesma altitude em que foi iniciado. Roll Nivele o aeromodelo e faça uma passagem sobre a pista, cabre um pouco e puxe o comando de aileron para o lado desejado. Depois nivele o avião. Observe que quanto mais lento é o roll mais o modelo tende a mergulhar o nariz. Mas você pode calçar o modelo com o profundor quando ele passar por invertido, bastando picar levemente. Assim não perde altura e o modelo se mantém nivelado após o roll. Procure sempre fazer rolls para ambos os lados a fim de não se criar vícios de pilotagem. Roll quatro tempos Em uma passagem em baixa altitude (primeiro tente a uma boa altura) sobre a pista, segure o comando de aileron para a esquerda e coloque o avião na faca. Segure por 2 a 3 segundos e coloque de dorso, segure por mais 2 a 3 segundos e coloque novamente de faca , segure por mais 2 a 3 segundos e nivele novamente. Sempre “calçando” o modelo em cada posição. Curva Invertida Essa é fácil! Coloque o modelo de dorso e inicie uma curva normalmente, só que para o “calce”, ao invés de cabrar, você terá que picar. Looping de dorso Este looping requer somente mais experiência com vôos de dorso e uma velocidade maior. Comece voando invertido e nivelado, aí então inicie a manobra dando motor e picando o modelo até ele transcrever meio círculo, reduza o motor pela metade quando ele estiver no topo do looping, continue picando até o aeromodelo completar o looping. Observe se o seu avião tem bom comando de dorso, se não tiver aconselhamos não fazer a manobra. Sempre termine um looping na altura em que foi iniciada a manobra, fica muito mais bonito! Faca Essa manobra vem a desafiar as leis de sustentação de uma aeronave, ao invés da asa fornecer a sustentação em vôo, é a potência do motor e a pequena superfície lateral do avião que fornecem toda a sustentação necessária. Em vista disto, essa não é uma manobra de fácil execução, exigindo normalmente grande superfície móvel de leme e um motor que desenvolva uma boa potência, uma vez que o avião estará voando em condições bem anormais segundo o próprio princípio em que foi projetado. Para a primeira tentativa suba até uma altura segura, à plena potência e em vôo horizontal realize um quarto de roll para a esquerda (no caso do exemplo), neutralize então o comando do aileron e seguidamente ponha o comando de leme para a direita, em quantidade suficiente para manter a sustentação e a altitude de início na manobra, devendo ser seguido um trajeto perfeito em linha reta durante a execução e com alterações feitas unicamente no eixo de rolagem. Os comandos a serem dados são sempre contrários, logo se o primeiro quarto de roll é feito para a direita, o leme deve ser aplicado para a esquerda, preservando sempre a relação de oposição na seqüência de realização dessa manobra. Para terminar a manobra, volta-se a usar o aileron, direcionando-o agora para a direita, em sentido oposto ao de início, e liberando ao mesmo tempo o comando de leme. Looping de faca A uma boa altura coloque o modelo em faca e a meio motor, com o leme todo defletido. Acelere tudo segurando todo o comando de leme. O modelo deverá descrever o círculo completo. Esta é uma manobra executada por poucos aviões, e para tal, é necessário um motor muito forte, pois o motor vai ter que segurar o modelo, "abaixar" a cauda, e fazer subir praticamente sem embalo, ou seja, o modelo dever ter uma relação peso/potência excelente além de ser acrobático e ter um leme de tamanho considerável e com boa deflexão. Curva em Roll Coloque o modelo em uma seqüência de rolls não muito rápidos e comece a picar ou cabrar conforme a posição do modelo para que ele possa fazer a curva. Para fazer a manobra com mais precisão, ajude com o leme. Essa manobra é muito difícil se realizada em sincronia com o leme, Mas fica muito bonita quando bem realizada. Curva Chata Esta manobra é pouco conhecida, pelo menos eu a vi pouquíssimas vezes sendo executada por alguém. Comece como em uma curva normal, incline o modelo e calce-o com o profundor. Depois disso vá aplicando leme ao contrário da curva e compensando o efeito de rolagem com os ailerons. O objetivo é fazer as voltas de modo que a asa de fora fique mais baixa em relação à asa de dentro da curva. Vá apertando a curva o máximo que puder. Oito Cubano Inicie a manobra como no looping. Quando o modelo chegar ao dorso, coloque-o em uma descida de 45º. Vire (ele estará de dorso, você terá que nivelá-lo) e cabre para repetir a manobra. Lembre-se sempre de diminuir o motor ou até mesmo deixa-lo na lenta quando coloca-lo em mergulho. Colocar um modelo a pleno motor num mergulho quase sempre transforma o nosso belo avião em kit novamente. Hammerhead A curva do martelo ou Hammerhead se faz da seguinte maneira: inicie a manobra com toda a potência e vá cabrando até o modelo subir em vertical por um breve tempo. Quando o motor não agüentar mais puxar o modelo e ele chegar à velocidade quase zero, dê todo o leme para o lado desejado e tire todo o motor (nessa hora dar um sopro de hélice no leme ajuda na virada). Deixe o profundor centralizado e o aileron levemente aplicado ao lado oposto do leme. Ele deverá descrever um giro ao redor de seu eixo vertical (que nesta hora deverá estar horizontal) e depois iniciar uma descida na vertical com motor na lenta. Você pode enfeitar a manobra fazendo um roll rápido no início do mergulho. Logo após nivele o modelo. Loncevack O loncevack segundo um amigo me contou, significa dor de cabeça em Tcheco, por causar essa sensação no piloto, elevando a pressão na parte superior do corpo e dando-lhe também a sensação de que será cuspido para fora da cabine. Mas para quem assiste é uma manobra muito bonita de se ver. Vamos a ela: Com o motor a plena potência inicie uma subida, mantenha o avião em um angulo de aproximadamente 60 graus, continue até que a velocidade comece a baixar, nesse ponto, dê os comandos de leme e aileron em direções opostas (podendo-se fazer com os sticks direcionados para as extremidades ou para o centro do rádio), dê o comando de profundor o máximo possível no sentido de picar. Estes comandos devem ser dados ao mesmo tempo e o motor deve ser mantido a plena potência durante a manobra. O avião girará em torno do eixo jogando a cauda, perdendo sua velocidade e direção, capotando algumas vezes em um curto espaço de vôo. O avião termina em um parafuso de dorso. Saia do parafuso retornando para o vôo normal. Alguns aviões são mais apropriados para esta manobra, outros não. Normalmente os de grande momento de nariz e com o CG um pouco atrasado a executam melhor. É o caso dos Tucanos, por exemplo. Cuidado ao atrasar o CG para não levar o modelo a uma situação de instabilidade. Snap-Roll Consiste de um roll na horizontal, o qual é feito usando-se dos mesmos comandos do parafuso normal. Antes de tentar essa manobra certifique-se que o suporte de asa do seu avião seja bem resistente, pois essa é uma manobra um pouco brusca. Siga em vôo reto horizontal, reduza a potência para cerca de 20% do máximo, unicamente para não comprometer as estruturas de seu avião, sendo, que talvez isso não seja necessário. Nosso snap-roll será feito para direita. Dê todo aileron e leme para direita e cabre tudo. O avião fará um roll abrupto, jogando a cauda para fora e com certo desvio em sua trajetória. Snap-Roll Negativo Com o modelo nivelado e motor a plena, "cruze" os comandos de leme e aileron (aileron em sentido contrário do leme) e pique tudo. Depois nivele. Avalanche Comece como no looping, e quando o modelo chegar de dorso, de todo o aileron e todo o leme para o mesmo lado. Após algumas voltas nivele o avião. Lolipop Essa manobra, poucos a conhecem. Lolipop ou manobra do pirulito inicia-se tal como no hamerhead. Coloque o modelo na vertical e quando o modelo chegar próximo a velocidade zero, dê todo o leme para a esquerda e no exato momento do início do giro, cabre tudo ou pique tudo. O modelo descreverá ou looping horizontal no topo da subida. Não tire o motor durante a manobra, tire-o somente quando for mergulhar para recuperar o controle aí então é só nivelar o modelo. Torque-Roll Manobra mundialmente conhecida pelos aeromodelistas e inventada por Quique Somenzini que aliás a executa com grande precisão e habilidade. Consiste em parar o modelo na vertical o maior tempo possível. Em uma passagem a baixa altura com toda a potência, cabre até o modelo ficar em vertical, quando o modelo parar, segure no leme e profundor. Para se realizar essa manobra precisa-se de um avião de acrobacia com um motor de grande potência, para que a manobra seja executada com perfeição. Stall turn Essa manobra é o "stall turn with options", uma manobra da Gama FAI-F3A. Considero esta, uma manobra muito importante, pois aprendemos a ter o controle do leme do avião. A partir desta manobra ganhamos experiência para utilizar o leme, para então fazermos roll de quatro pontos, faca, corrigir pousos em um dia com vento utilizando leme, etc. Se você já tem prática em fazer o "stall turn” (curva estolada), não vai ter dificuldade para realizar esta manobra. Vá até uma altura razoável, então, quando o avião estiver em um vôo reto na horizontal, de preferência próximo à cabeceira da pista (não em sua frente), dê toda potência e suba o avião, iniciando uma vertical; no meio da subida adicione aileron para qualquer um dos lados, até que o avião fique de costas para você. Quando ele estiver perdendo força tire o motor e dê leme (se preferir tire o motor depois de adicionado o leme), até que ele inicie uma decida; na metade da decida adicione aileron para um dos lados até que ele fique na posição oposta à que se encontrava, (a fim de que você veja a parte superior e não mais o dorso), por fim quando já tiver descido o suficiente, (quando chegar à altura de início da manobra) adicione profundor até ficar em um vôo na horizontal. Nesta manobra é necessário atenção, pois no momento do estol os comandos do leme estarão invertidos. Ex: se você der leme para esquerda, verá o avião caindo para direita e vice-versa. Parafuso Preferi deixar os “parafusos” por último por considerar estas, as manobras mais bonitas e graciosas da gama de acrobacia aérea. E vamos a eles: Inicie a manobra como em um hamerhead, mas desta vez, puxe o comando do leme e quando o modelo começar a inclinar a asa, simultaneamente, corte o motor, cabre tudo e dê todo o leme para a esquerda. Para sair, pique e dê motor. Note que quase todos os modelos podem entrar em parafusos, mas não são todos que conseguem sair deles, e acabam por vir ao chão. Esta maneira de fazer um parafuso é uma das mais seguras. Parafuso Chato Para se achatar o parafuso normal o avião deverá estar com o C.G. um pouco mais atrasado em relação ao neutro, caso contrário não será possível fazer a manobra. Vá bem alto, entre no parafuso e após duas ou três voltas inverta lentamente o comando de aileron para o lado oposto. Mantenha os comandos de leme e profundor na posição inicial. Se o avião desmanchar o parafuso é porque o comando de aileron foi invertido muito rapidamente, ou não se esperou as duas ou três voltas iniciais, ou ainda porque o C.G. não estava suficientemente atrasado. Cuidado ao atrasar o C.G., isso deve ser feito aos poucos. Caso se ultrapasse o ponto crítico o avião poderá não sair do parafuso ou mesmo ficar incontrolável. É uma manobra bonita, mas muito perigosa e nem todos os aviões a executam. Parafuso Chato de dorso A maneira mais fácil de fazê-la é provocar um estol de dorso a uma grande altitude, dar leme pra direita, aileron pra esquerda, profundor tudo picado e um pouco de potência para soprar um pouco de vento na cauda do modelo. O avião vai começar a girar tal qual uma folha seca, como no parafuso chato normal, só que ele estará de dorso. Para sair, cabre tudo, dê toda a potência, leme pra esquerda e aileron pra direita. Poucos aviões conseguem executar esta manobra. Parafuso de faca O parafuso de faca deve ser feito da mesma maneira que o de dorso (picando ao invés de cabrando). Porém a diferença desta manobra em relação à anterior são as extremidades para as quais os comandos devem ser adicionados. Devem ser postos para um mesmo sentido (ambos para direita ou esquerda). O avião deverá iniciar um parafuso de "faca", girando em torno de seu eixo transversal e com uma das pontas das asas mais pensa em relação à outra. Inicie bem alto porque o avião desce rápido. Uma linda manobra! Bem é isso, espero que tenham conhecido novas manobras e gostado do artigo! Pratiquem bastante e verão como melhora a técnica de pilotagem a cada vôo. Grande abraço e bons vôos!

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