terça-feira, 7 de maio de 2013

variaçoes de niveis

Você pode enfrentar dificuldades ao trabalhar com variações no ângulo de asas, caudas ou pontos de movimento como dobradiças nas asas de aviões embarcáveis. O maior problema enfrentado é que se você estiver trabalhando com armações em cruz, normalmente não haverá como traçar um eixo aque divida toda a asa ao meio. A asa deverá, portanto, ser construída em duas partes distintas, que serão juntadas posteriormente. Como fazer esta junção?. Revisamos anteriormente três métodos de fixação de peças (sólidos) do modelo, umas às outras. Deles, dois são mais indicados para realizar este trabalho. A fixação por hastes e a fixação por lâminas. Quando precisarmos de mecanismos de dobras para as asas (caso de aviões embarcáveis como o F4-U Corsair) utilizaremos dobradiças. Nunca construí um modelo com asas dobráveis. O uso de dobradiças deve ser, portanto, estudado com mais cuidado antes que eu publique alguma coisa a respeito. Os desenhos abaixo demonstram alguns exemplos de como realizar a junção das asas, e outras peças grandes e finas. São justamente as peças com estas características como as asas que apresentarão este tipo de problema. As figuras demonstram o uso das técnicas de fixação e de dobradiça. Para as junções móveis, com dobradiças, sugiro o reforço interno do suporte da articulação. Isto certamente evitará problemas futuros com as tensões comuns às articulações. Lembre-se sempre de tomar certos cuidados ao juntar peças em inclinações diferentes. Um deles é o ajuste correto dos ângulos de conexão entre as peças. Outro, será com o acabamento. Dar acabamento em peças que contém junções com hastes, ou que formem ângulos na superfície não é tão fácil como dar o mesmo acabamento em uma peça cuja superfície possui transições suaves. O método de cobertura ensinado anteriormente tende a produzir transições suaves. Nem sempre as transições que precisamos construir são suaves, entretanto. Nas junções entre diferentes partes das asas, por exemplo, é comum precisarmos de transições abruptas. Para estes casos, cada peça deverá ser coberta separadamente, deixando a cobertura da conexão o mais justa possível à cobertura da outra peça. Este cuidado evitará da superfície apresentar fendas muito grandes, economizando massa, e permitindo um acabamento mais preciso. A figura demonstra o que eu entendo por transições suaves e abruptas da superfície. Os problemas, entratanto, não param por aí... No caso das transições suaves a cobertura pode não ser o problema, mas a estrutura será. Imagine uma asa como a do F4-U Corsair. Justo no ponto em que a asa muda de inclinação deixando de dirigir-se para baixo, e seguindo para cima, como na maioria dos aviões, o trem de pouso está alojado. A transição de ângulo, embora ocorra de forma suave na superfície da asa, ocorre em uma seção muito curta da mesma. Se precisarmos de duas ou mais junções para alcançar uma transição aproximada da real, onde alojaremos hastes ou trilhos de encaixe, juntamente com os trens de pouso? Lembre-se de que estes foram os métodos revisados anteriormente. Neste caso, parece que as hastes não seriam um método de fixação interessante. Os trilhos, por sua vez, deveriam ter tamanho reduzido, diminuindo sua resistência... A figura mostra um exemplo de asa, complicada de ser montada. Veja que o trem de pouso encontra-se justamente no local em que é feita a junção. Este é bem o estilo do F-4U Corsair. O método que eu usaria para tentar resolver o problema seria a construção das peças sem nenhuma junção. Cada uma com a extremidade da base preenchida com uma cobertura plana, como se o modelo simplesmente terminasse por ali. Para realizar a junção, eu passaria bastante cola branca na junção, e reforçaria a colagem com folhas de papel fino coladas sobre a superfície. Por fim, após secas, eu perfuraria a superfície convexa com uma broca em dois pontos que eu soubesse que o trem de pouso não ocuparia. lá, eu introduziria duas travas de madeira ou arame que atravessassem toda a junção. Este método nunca foi aplicado, e não sei se dará certo, mas eu seguiria os seguintes passos: Para você refletir sobre a junção com transição suave, e alojamento de trem de pouso Construiria as peças da junção separadamente, através do método de Lâminas. Cada uma das peças deveria possuir pelo menos duas lâminas transversais para dar forma à cobertura. Colaria as lâminas transversais nas extremidades base das peças. As extremidades base são os pontos de apoio de uma peça na outra. Lembre-se que a base de uma peça deverá ser idêntica à base da peça que se cola a ela. Utilize moldes para isso. Cobriria cada uma das peças, tomando especial cuidado com o acabamento das bordas base. Estas deverão ficar completamente lisas e alinhadas de forma a formar o ângulo correto entre uma peça e outra. Alinharia as peças aos pares. Não tentaria colar tudo de uma vez, mas esperaria que cada par de peças estivesse devidamente colado e seco antes de tentar anexar a próxima peça. A junção seria reforçada com papel fino colado sobre a superfície. Após tudo colado e seco, eu usaria uma broca para perfurar a superfície nos locais onde o tren de pouso não interferiria. Aqui mora a maior dúvida deste método. Seria possível encontrar estes pontos? Eles provavelmente se situarão nas extremidades das asas... Por fim, eu passaria cola branca nestes buracos da broca, e nas travas de madeira ou papelão. As travas seriam então introduzidas na junção, deixando uma ponta para fora da superfície da peça. Esta ponta deveria ficar envolvida em bastante cola. Na hora do acabamento final do avião, as pontas das travas seriam cortadas com um estilete, ou com discos de corte da micro retífica. O acabamento seria dado com lixa. Veja que para dar o acabamento, será mais interessante o uso de travas de madeiras, que são macias. O método ainda não foi testado. Parece, entretanto, funcional. Se você for tentá-lo, antes que eu construa um F-4U Corsair, eu desejo boa sorte, e peço que me diga se tudo correu bem!

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