terça-feira, 7 de maio de 2013
método de fôrmas
A construção de fôrmas facilita bastante a fabricação de algumas peças pequenas, que se repetem em vários pontos do avião, ou que sejam iguais em vários modelos distintos que você produzir. Um exemplo é a construção de spinners para aviões bimotores, como o Heinkel he-111
O objetivo deste método é a construção de fôrmas para a padronização da forma de peças que exijam produção repetida
Os materiais empregados são a massa epoxi, ou massa de preenchimento (cola e serragem), ou massa plástica para modelagem, cola instantânea, pregos ou rebites, plástico, madeira e óleo de cozinha
As ferramentas necessárias podem ser a tesoura e a lixa fina, dependendo do material utilizado na construção das fôrmas.
Existem várias formas de produzir fôrmas, o que depende exclusivamente da peça a ser moldada
Com madeira e plástico podemos adaptar fôrmas abertas (um simples apoio para secagem de material) que servirão de moldes para a secagem de massas ou papéis molhados, modelando-lhes uma das faces pela ação do peso do próprio material. Elas podem ser copos, cilíndros de plástico, arames, etc. Este é um processo que não necessitará de maiores explicações
Com massa epoxi, massa de preenchimento e massa plástica podemos fazer fôrmas fechadas (conjuntos de objetos côncavos e convexos, que pressionados uns contra os outros, modelam algum material entre eles aplicado). Estas fôrmas são capazes de modelar por pressão e colagem simultâneas. São estas fôrmas que ensinarei a produzir
Fôrma aberta para modelar 1/4 de círculo em papel ou massa.
O método passo a passo:
Passo 1:
Com massa epoxi modele a fôrma de pressão (objeto convexo). Esta fôrma deve ter a mesma forma do objeto desejado. Modele-a ao redor da cabeça de um prego, ou de um rebite cego, pois estes servirão de cabo para o artefato. A cabeça do prego ou rebite deverá situar-se dentro da massa, para que ao secar, sirvam de apoio resistente para o cabo.
Este trabalho é artesanal e artístico (como brincar de macinha) e dependerá de sua habilidade manual
A fôrma deve ser produzida na forma correspondente à forma original do avião, já na escala escolhida.
O Durepoxi é adequado para esta tarefa, já que é fácil de modelar e fica bastante rígido após a secagem
A fôrma de pressão deverá ser a primeira a ser modelada, já que é ela que dará forma à fôrma modeladora.
Passo 2:
Após a secagem da fôrma de pressão, encha um recipiente raso (pouco mais que a altura da forma de pressão) com massa epóxi, de preenchimento, ou massa plástica
Se a fôrma de pressão for mais alta que o recipiente da fôrma modeladora, não será possível construir a segunda fôrma. Se por outro lado o recipiente for muito alto, você poderá ter problemas com o tempo de secagem, ou a fôrma de pressão poderá submergir sob a massa fresca.
Imediatamente unte a fôrma de pressão com óleo de cozinha e enterre-a na massa contida no recipiente. Nunca cubra a fôrma de pressão com massa do recipiente
Caso a fôrma de pressão suma debaixo da massa, será necessário remover a massa que ficar por cima, para retirar a fôrma. Este é um processo penoso, e que normalmente danifica a fôrma modeladora.
Passo 3:
Deixe a massa secar durante alguns dias, com a fôrma de pressão dentro. Durante este tempo o ambiente deve ser arejado, seco e estável (sempre quieto).
Ao final de alguns dias, a fôrma de pressão poderá ser retirada da massa contida no recipiente. O buraco deixado pela fôrma de pressão será nossa fôrma modeladora
Se ocorrerem bolhas ou defeitos na fôrma modeladora, bastará limpá-la com um pano e preencher as irregularidades com mais massa de preenchimento. Novamente com a fôrma de pressão será necessário moldar a massa recém depositada
Figura 4: Para evitar danos acidentais às fôrmas recém confeccionadas, construa a fôrma modeladora dentro de recipientes que possam ser mantidos permanentemente ao redor da mesma. Passos para obtenção da fôrmas de pressão e modelagem.
Neste momento, se você tentar modelar algum material com estas fôrmas você quebrará a fôrma de modelagem ao forçar a inserção da fôrma de pressão, já que não existe espaço suficiente entre elas para moldar algum material.
Para corrigir este problema, utilize uma lixa para reduzir a expessura da fôrma de pressão até um ponto adequado para aquele material que você pretende modelar
Corrigindo a expessura da fôrma de pressão com uma lixa. Não tente corrigir a expessura da fôrma modeladora, pois este trabalho será quase impossível de realizar com precisão!
Utilizando as Fôrmas:
A utilização destas fôrmas é feita com material inicialmente limpo, pressionando-o com a fôrma de pressão contra a fôrma modeladora. Retira-se a fôrma de pressão, pinga-se cola no material modelado, e insere-se nova camada de material. Isto mesmo... Utilizam-se duas camadas de papel ou papelão para construir um objeto modelado. Nós não passaremos cola direto sobre as fôrmas, senão colaremos o material nelas! Logo, uma nova prensagem será necessária, esta mantendo as fôrmas pressionadas por um tempo suficiente para que as duas camadas de material se grudem.
Utiliza-se cola branca Exemplo de utilização das fôrmas para a modelagem de peças. No meio, vê-se o material modelado, seja ele papel ou papelão.
As peças modeladas nestas fôrmas devem ter pequena profundidade, proporcional ao seu diâmetro. Confesso não conhecer a relação máxima possível entre diâmetro e profundidade, para que o material não se rasgue com a pressão, mas nos casos em que a peça for muito comprida, ou possuir seções cilíndricas ou cônicas perfeitas, deve-se modelar apenas a parte mais complexa da peça nas fôrmas, ou seja, desmenbrar a peça em mais partes. Ex: um spinner ovalado que se prolonga para trás como um cilindro. Esta é uma forma semelhante às balas de revólver.
Comparação de dois conjuntos de fôrmas, o da esquerda corretamente construído, e o da direita com excesso de profundidade. Quando tentei moldar um spinner de Fokker Wolf, que parece muito com uma bala de revólver, minha fôrma rasgou o papel que eu utilizava em todas as tentativas de
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