segunda-feira, 2 de maio de 2016
o que sao slats e flaps
O que seriam essas coisas e para que serviriam?
Essas coisas são chamadas de “dispositivos hipersustentadores”, os que ficam na parte de trás da asa se chamam Flaps e os que ficam na parte da frente se chamam Slats. Eles têm a mesma finalidade (aumentar a sustentação do avião) mas atingem o objetivo de maneira diferente. Vou tentar explicar simplificadamente, se é que se pode simplificar essa equação:
L é a sustentação, ρ é a densidade do ar, V é a velocidade da aeronave no ar, S é área da asa e CL é o coeficiente de sustentação.
Ok, não precisa decorar isso pra entender!! rsrs, mas percebam por essa fórmula que se aumentarmos a área da asa, nós aumentamos a sustentação. Da mesma maneira, se aumentarmos a curvatura da asa, também ocorre aumento de sustentação. Ou, para mantermos a mesma sustentação aumentando a área da asa ou sua curvatura, podemos diminuir a velocidade em relação ao ar!
Eureka! Então basta aumentar a área da asa que o avião vai se sustentar melhor e todos os problemas estarão resolvidos, certo? Pior que não… ao aumentar a área da asa, proporcionalmente aumentamos o arrasto também, seria como ter uma jamanta na rodovia ao invés de um aerodinâmico fusca.
Então para resolver o dilema os engenheiros pensaram, pensaram e pensaram e conseguiram descobrir uma maneira de aumentar a área e a curvatura da asa somente quando o avião mais precisa: Na decolagem (pouca velocidade) e na hora do pouso (aumento de arrasto para diminuir a velocidade). E como se aumenta a área da asa e sua curvatura? Através dos Flaps e dos Slats!! Veja a foto abaixo:
Percebam pela foto o quanto a asa aumenta quando estas superfícies estão estendidas! Logo, voltando a nossa equação lá de cima, com a área da asa maior, podemos ter mais sustentação com menos velocidade, exatamente o que precisamos na hora da decolagem. Percebam também, que há uma separação entre o SLAT e o bordo de ataque da asa, essa “fenda” é de extrema importância para que durante a decolagem seja possível ter mais ângulo de ataque (ou seja, o avião pode elevar mais o nariz para cima) com menos velocidade, mantendo a camada limite do ar “colada” na asa por mais tempo (sem turbilhonar) o que também diminui o arrasto e aumenta a sustentação. Basicamente e simplisticamente é isso
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