quarta-feira, 29 de abril de 2015

Bomba manual de abastecinento

Existem vários métodos para se encher o tanque de um aeromodelo que podem variar em função do quanto queremos gastar com isto, o tamanho e a sofisticação do modelo e nossos hábitos de trabalho. O primeiro sistema e o mais simples é a almotolia de plástico, geralmente de 100cc, que usei muito quando era principiante em vôo circular. Além dela existem hoje as bombas manuais e as elétricas em vários modelos. O que proponho aqui é um método alternativo bastante simples e de manutenção quase nula. O princípio é pressurizar a garrafa de combustível com ar, que força o líquido para o tanque do modelo. Vejam como é feito. A construção é bastante simples e o único material mais difícil de se obter é a pera de borracha destas utilizadas em equipamentos médicos de medir pressão, que pode ser comprada em uma loja de material médico ou negociada com algum amigo. Além da pera precisaremos de uma tampinha de garrafa, daquelas que tem o formato de um chapeu côco, tubo de latão ou um pedaço de antena de rádio com diâmetro para encaixar na mangueira de silicone, a mesma mangueira de silicone que usamos para ligar o tanque ao motor do modelo. Para completar, silicone líquido destes comprados em bisnagas em lojas de material de construção ou de aquários e um vazador, no caso usei um feito com um pedaço de antena lixado até fazer o corte A primeira etapa é fazer na tampinha três furos no fundo com o vazador na medida do tubo de latão Em seguida cortamos três pedaços de tubo de latão com aproximadamente 4 cm de comprimento. Os tubos e o interior da tampinha devem ser lixados para garantir a aderência do silicone Depois atravessamos a tampinha com os três tubos deixando um comprimento igual de cada lado e espetamos os tubos em um pedaço de isopor para que eles fiquem paralelos. Agora é só encher a tampinha com silicone tomando cuidado para não deixar bolhas. O espaço interno da tampinha deve ser completamente preenchido. As bolhas podem ser vistas pela transparência e devem ser eliminadas, use um palito para fazer sair o ar. Para dar acabamento molhe o dedo em detergente para que o silicone não grude e alise a superfície e aperte para eliminar as bolhas. Falta apenas equipar o conjunto. No primeiro caninho uma mangueira de silicone de cerca de 20 cm encaixada na pêra de borracha. Na pêra que eu utilizei a mangueira de silicone já encaixou direto sem folga ou excesso, mas se precisar use o silicone líquido para vedar. No segundo caninho um pedaço de mangueira de silicone de 3 cm. E finalmente no terceiro caninho uma mangueira na parte de baixo que alcance até o fundo da garrafa que pretendemos usar e na parte de cima a mangueira para abastecermos o modelo com pelo menos 40cm e com um pedaço de tubo de latão de 2 cm na ponta para encaixar no tanque durante o abastecimento e na mangueira de silicone do segundo caninho quando o sistema não estiver em uso. Aqui temos o sistema montado na garrafa, o silicone não mudou de cor, este é o sistema original que eu uso a mais de 15 anos. Notem que na posição de repouso a mangueira de abastecimento fica encaixada no pedaço de mangueira do segundo tubinho, assim o sistema fica todo fechado. Para abastecer é simples, ligamos a mangueira mais longa, a do terceiro caninho, no tanque do modelo, vedamos a mangueira do segundo caninho com o dedo e bombamos ar com a pêra. Quando o tanque estiver cheio e começar a vazar basta tirar o dedo do segundo caninho que o abastecimento para imediatamete, desconecte em seguida a mangueira de abastecimento do tanque para que o combustível não passe de um lado para o outro por sifonamento. O sistema tem funcionado satisfatoriamente por muitos anos e neste período já vi os colegas de pista trocarem muitas bombas manuais e elétricas gastas. Para os que quiserem tentar, boa construção.Para retirar o resto de combustível do tanque após o último vôo coloque o avião acima do reservatório e repita o procedimento para abastecer até que a mangueira esteja cheia de combustível e em seguida retire o dedo do segundo caninho que o combustível será sifonado para o tanque enquanto limpamos a asa ou realizamos outra tarefa qualquer de final de dia.

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