domingo, 23 de outubro de 2016

VCC, voo por cabo

U-control, ou VCC (voo circular controlado) é uma modalidade do aeromodelismo que não utiliza rádio controle; o comando do aeromodelo é feito por meio de cabos que saem da ponta da asa e vão até a manete, que fica na mão do piloto. Os únicos comandos disponíveis são o profundor e os flaps (este último nem todos os modelos possuem), que responde conforme a posição da mão. Diferentemente dos modelos rádio controlados, no VCC o piloto não pilota apenas com a precisão dos movimentos do dedo, e sim com todo o corpo, inclusive certas categorias exigem bom preparo físico para suportar as forças exercidas pela alta velocidade. O aeromodelismo começou com o VCC, muito antes da tecnologia permitir a construção dos rádios controles. Porém, mesmo com o passar das décadas esta categoria possui muitos adeptos e exige habilidades diferentes das exigidas pelo stick do rádio controle. As principais categorias de competição do VCC são: F2A – Speed (velocidade) Temos nesta modalidade os modelos mais rápidos do VCC. Os aeromodelos são construídos apenas com um lado da asa e o lado oposto do profundor. O motor utiliza hélice com apenas uma pá, isso porque o alto giro faz com que as pás peguem o vácuo uma da outra, ou seja, cavitem. Nas competições os participantes buscam a maior velocidade, a maior já alcançada foi 310 km/h. Os cabos utilizados medem 15,92 metros, perfazendo assim 100 metros lineares cada volta que o modelo dá na pista. F2B – Acrobacia A modalidade de Acrobacia tem em seu seguimento uma gama de manobras que é mundialmente conhecida. São ao todo 15 manobras, a maioria delas figuras geométricas - como: loopings redondos, quadrados e triângulos - que os competidores são obrigados a desenhar durante os 7 minutos que têm em cada voo de competição. Os cantos quadrados, as baixas alturas, a precisão e o reflexo do piloto são alguns dos fatores importantes que fazem um campeão em acrobacia.Os modelos medem em média 1,6m de envergadura e utilizam motores glow ou elétrico. Os cabos utilizados medem em média 19m que vão do centro do eixo do balancim (que se localiza dentro da asa ou fuselagem do modelo) ao eixo central da manete de comando. Os cabos podem ser monofio ou trançados com vários fios, que suportam 10 ou mais vezes o peso total do modelo. F2C – Team Racing (corrida em conjunto) O Team Racing é a categoria mais emocionante do voo circular, e consiste no voo simultâneo de três modelos com uma velocidade em média de 200 km/h. O centro de voo é disputado pelos três pilotos e ganha quem finalizar as 100 voltas (nas rodadas eliminatórias) ou 200 voltas (nas rodadas finais) em menos tempo. Os pilotos devem seguir diversas regras durante o voo e seus mecânicos idem, aliás, os mecânicos têm uma grande importância nessa modalidade, já que durante as provas há a obrigatoriedade de se realizar os “pit stops” (paradas), quando os modelos pousam com os motores parados, e após o tanque abastecido e o motor reacionado retornam ao voo até completarem o total de voltas. F2D – Combate O Combate é a modalidade que mais deixa a platéia apreensiva, seu nome já diz tudo. Dois pilotos, auxiliados por seus mecânicos, duelam um contra o outro com suas asas. As asas - ou modelos de combate equipados com fitas de papel fixadas na cauda - têm a missão de cortar uma a fita da outra, e assim quem efetuar mais cortes ganha o duelo. Geralmente os competidores inscrevem-se nas competições um número grande de modelos, já que o risco de quebras e perdas é grande durante os duelos. F4B – Escala A modalidade ESCALA é a mais bonita dentre todas. Os modelos são construídos baseados na planta de um avião real, e esse é o principal desafio dos escalistas. Os detalhes, as cores, o designe entre outros aspectos marcam uma boa construção em escala. Todo construtor escalista, após a escolha do avião a construir, deve ter em mãos fotos com todos os detalhes da aeronave, isso facilitará seu trabalho durante todo o tempo da construção. Após o término da montagem, todo piloto que deseja competir deve fazer com que seu projeto execute o voo original da aeronave.

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